Fernando Pessoa: Frases en inglés (página 13)
Fernando Pessoa era poeta portugués. Frases en inglés.
A Factless Autobiography, number 424, trans. Richard Zenith, Penguin Classics edition
The Book of Disquiet
Os Grandes Trechos, s/n. Translated from the Portuguese Richard Zenith Edition, Lisbon, 2006
The Book of Disquiet
Original: E então vem-me o desejo transbordante, absurdo, de uma espécie de satanismo que precedeu Satã, de que um dia [...] se encontre uma fuga para fora de Deus e o mais profundo de nós deixe, não sei como, de fazer parte do ser ou do não ser.
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
"Autopsicografia" ["Autopsychography"], in Presença, No. 36 (November 1932)
Fernando Pessoa's most translated poem.
Richard Zenith's translation:
The poet is a faker
Who's so good at his act
He even fakes the pain
Of pain he feels in fact.
“Metaphysics is a consequence of not feeling very well.”
A metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Tabacaria (1928), trans. Richard Zenith
Ibid., p. 98
The Book of Disquiet
Original: Há sensações que são sonos, que ocupam como uma névoa toda a extensão do espírito, que não deixam pensar, que não deixam agir, que não deixam claramente ser.
<p>A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.</p><p>A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.</p>
"A morte é a curva da estrada" (23 May 1932), in A Little Larger Than the Entire Universe, trans. Richard Zenith (Penguin, 2006)
“My curiosity sister of larks.”
Ibid., p. 219
The Book of Disquiet
Original: A minha curiosidade irmã das cotovias
“Thing thrown to a corner, rag fallen on the road, my ignoble being feigns itself in front of life.”
Ibid., p. 64
The Book of Disquiet
Original: Coisa arrojada a um canto, trapo caído na estrada, meu ser ignóbil ante a vida finge-se.
“I believe that saying a thing is to keep its virtues and take away its terror.”
Ibid., p. 55
The Book of Disquiet
Original: Creio que dizer uma coisa é conservar-lhe a virtude e tirar-lhe o terror.
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: Trazem-me a fé como um embrulho fechado numa salva alheia. Querem que o aceite para que não o abra.
“Freedom is the possibility of isolation… If you can't live alone, you were born a slave.”
A liberdade é a possibilidade do isolamento... Se te é impossível viver só, nasceste escravo.
The Book of Disquietude, trans. Richard Zenith, text 283
“My head and the universe ache me.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Original: Doem-me a cabeça e o universo.
“All beginnings are involuntary.”
Poem "O Conde D. Henrique", verse 1
Message
Original: Todo começo é involuntário.
“Art consists in making others feel what we feel.”
Ibid., p. 231
The Book of Disquiet
Original: A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos.
“Given that we cannot know all the elements in a problem, we never can solve it.”
Ibid., p. 282
The Book of Disquiet
Original: Como nunca podemos conhecer todos os elementos de uma questão, nunca a podemos resolver.
“Oh salty sea, how much of your salt
are tears of Portugal!”
Poem "Mar Português", Verses 1-2
Message
Original: Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Ibid., p. 164
The Book of Disquiet
Original: Nunca me pesou o que de trágico se passasse na China. É decoração longínqua, ainda que a sangue e peste.
“Everything was asleep as if the universe was a mistake.”
Ibid., p. 60
The Book of Disquiet
Original: Dormia tudo como se o universo fosse um erro.
Ibid., p. 271
a possible play on Tertullian's: "credo quia absurdum" (I believe because it's absurd), "credo quia impossibilis est" (I believe because it's impossible).
Richard Zenith translates boémio as bohemian, not bon vivant.
The Book of Disquiet
Original: Nunca fui mais que um boémio isolado, o que é um absurdo; ou um boémio místico, o que é uma coisa impossível.