Frases célebres de Luís de Camões
Fuente: Poesia "Esparsa ao desconcerto do mundo".
Luís de Camões: Frases en inglés
“O piteous lot of man's uncertain state!
What woes on Life's unhappy journey wait!”
Ó grandes e gravíssimos perigos!
Ó caminho de vida nunca certo!
Stanza 105, lines 1–2 (tr. William Julius Mickle)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
“This is my happy land, my home, my pride.”
Esta é a ditosa pátria minha amada.
Stanza 21, line 1 (tr. Richard Francis Burton)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III
Porém, pera cantar de vosso gesto
A composição alta e milagrosa
Aqui falta saber, engenho e arte.
The Collected Lyric Poems of Luis de Camoes (2016), trans. Landeg White, p. 25
Lyric poetry, Sonnets, Eu cantarei de amor tão docemente
Quão doce é o louvor e a justa glória
Dos próprios feitos, quando são soados!
Qualquer nobre trabalha que em memória
Vença ou iguale os grandes já passados.
As invejas da ilustre e alheia história
Fazem mil vezes feitos sublimados.
Quem valerosas obras exercita,
Louvor alheio muito o esperta e incita.
Stanza 92 (tr. Richard Fanshawe)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto V
[Ah o amor...] que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
Poets of Portugal (2006), p. 141
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças
Ó Rei subido,
Aventurar-me a ferro, a fogo, a neve
É tão pouco por vós, que mais me pena
Ser esta vida cousa tão pequena.
Stanza 79, lines 5–8 (tr. Thomas Moore Musgrave)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto IV
“Cease all, whose actions ancient bards expressed:
A brighter valour rises in the West.”
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Stanza 3, lines 7–8 (tr. Richard Fanshawe). Compare:
Cedite Romani scriptores, cedite Grai!
Nescioquid maius nascitur Iliade.
Make way, you Roman writers, make way, Greeks!
Something greater than the Iliad is born.
Sextus Propertius, Elegies, II, xxxiv, 65–66
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
“My song shall spread where ever there are men,
If wit and art will so much guide my pen.”
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Stanza 2, lines 7–8 (tr. Richard Fanshawe, 1655)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
Eu cantarei de amor tão docemente,
Por uns termos em si tão concertados,
Que dois mil acidentes namorados
Faça sentir ao peito que não sente.
Selected Sonnets: A Bilingual Edition (2008), ed. William Baer, p. 128
Lyric poetry, Sonnets, Eu cantarei de amor tão docemente
Aquela triste e leda madrugada,
Cheia toda de mágoa e de piedade,
Enquanto houver no mundo saudade,
Quero que seja sempre celebrada.
tr. David Wevill
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Aquela triste e leda madrugada
“For serving thee an arm to arms addressed;
for singing thee a soul the Muses raise.”
Pera servir-vos, braço às armas feito,
Pera cantar-vos, mente às Musas dada.
Stanza 155, line 1–2 (tr. Richard Francis Burton)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X
Stanza 60, lines 1–4 (tr. William Julius Mickle)-->
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto V
Quem ouviu dizer que em tão pequeno teatro como o de um pobre leito, quizesse a fortuna representar tão grandes desventuras? E eu, como se elas não bastassem, me ponho ainda da sua parte; porque procurar resistir a tantos males pareceria espécie de desavergonhamento.
Letter "written a little before his death", as quoted in The Lusiad; Or, The Discovery of India: An Epic Poem (1776) by William Julius Mickle, p. cxvi
Letters
Vistes que, com grandíssima ousadia,
Foram já cometer o Céu supremo;
Vistes aquela insana fantasia
De tentarem o mar com vela e remo;
Vistes, e ainda vemos cada dia,
Soberbas e insolências tais, que temo
Que do Mar e do Céu, em poucos anos,
Venham Deuses a ser, e nós, humanos.
Stanza 29 (tr. Richard Fanshawe); council of the sea gods.
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto VI
O caso triste, e dino da memória,
Que do sepulcro os homens desenterra,
Aconteceu da mísera e mesquinha
Que depois de ser morta foi Rainha.
Stanza 118, lines 5–8 (tr. Ezra Pound); of Inês de Castro.
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III
Vão os anos decendo, e já do Estio
Há pouco que passar até o Outono;
A Fortuna me faz o engenho frio,
Do qual já não me jacto nem me abono;
Os desgostos me vão levando ao rio
Do negro esquecimento e eterno sono...
Stanza 9, lines 1–6 (tr. William Julius Mickle)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X
“My pen in this, my sword in that hand hold.”
Numa mão sempre a espada, e noutra a pena.
Stanza 79, line 8 (tr. Richard Fanshawe)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto VII
Nem eu delicadezas vou cantando
Co'o gosto do louvor, mas explicando
Puras verdades já por mim passadas.
Oxalá foram fábulas sonhadas!
"Vinde cá, meu tão certo secretário", trans. by Landeg White in The Collected Lyric Poems of Luis de Camoes (2016), p. 303
Lyric poetry, Hymns (canções)
Stanza 56 (tr. Richard Fanshawe); spoken by Adamastor.
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto V
“A soft king makes a valiant people soft.”
Um fraco Rei faz fraca a forte gente.
Stanza 138, line 8 (tr. Richard Fanshawe)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III
Quem faz injúria vil e sem razão,
Com forças e poder em que está posto,
Não vence; que a vitória verdadeira
É saber ter justiça nua e inteira.
Stanza 58, lines 5–8 (tr. Joaquim Nabuco)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X
“My sins, my wild loves, and Fate herself
have all conspired against me.”
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram.
Selected Sonnets: A Bilingual Edition (2008), ed. William Baer, p. 99
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Erros meus, má fortuna, amor ardente
Enfim acabarei a vida e verão todos que fui tão afeiçoado à minha Pátria que não só me contentei de morrer nela, mas com ela.
Letter to Don Francisco de Almeyda, 1579; written after "the disaster of Alcácer-Kebir when the mad King Sebastião's mammoth invasion of Morocco ended in his death and the destruction or enslavement of all but one hundred of his army of over 20,000. [Camões] died on 10 June 1580, just before the throne passed to Philip II of Spain", as reported by Landeg White in The Lusiads (Oxford World's Classics, 2001), p. x; quoted as Camões' last words in The Yale Literary Magazine, Vol. VIII (January, 1843), No. 3, "Luis de Camoëns", p. 115.
Letters
Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia o pai, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.
tr. Landeg White
Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Sete anos de pastor Jacob servia
Stanza 87, lines 5–8 (as translated by William Julius Mickle)-->
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto IV
“The moon, full orbed, forsakes her watery cave,
And lifts her lovely head above the wave…”
Da Lua os claros raios rutilavam...
Stanza 58 line 1 (as translated by William Julius Mickle). Compare:
As when the moon, refulgent lamp of night,
Over heaven's clear azure spreads her sacred light...
Homer, The Iliad, VIII. 551–555 (tr. Alexander Pope)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
Eis aqui, quase cume da cabeça
De Europa toda, o Reino Lusitano,
Onde a terra se acaba e o mar começa.
Stanza 20, lines 1–3 (tr. William Julius Mickle)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III
“They now went sailing in the ocean vast…”
Já no largo Oceano navegavam...
Stanza 19, line 1 (tr. Richard Fanshawe)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I
Tu só, tu, puro Amor...
Stanza 119, line 1 (tr. Richard Francis Burton)
Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III
Foge-me pouco a pouco a curta vida
(se por caso é verdade que inda vivo);
vai-se-me o breve tempo d'ante os olhos;
choro pelo passado e quando falo,
se me passam os dias passo e passo,
vai-se-me, enfim, a idade e fica a pena.
"Foge-me pouco a pouco a curta vida" http://www.poetryinternationalweb.net/pi/site/poem/item/8451, tr. Landeg White in The Collected Lyric Poems of Luis de Camoes (2016), p. 330
Lyric poetry, Sestina